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Adolescentes em telas e redes

  • Foto do escritor: Ludmila Andrade
    Ludmila Andrade
  • 4 de ago.
  • 2 min de leitura

Quando o virtual pesa no real

Foto: Canva

Jovens reunidos em volta do celular

Vamos conversar sobre o uso problemático ou excessivo de telas, jogos digitais e redes sociais na adolescência?

O uso de celulares, tablets, redes sociais e jogos digitais faz parte do cotidiano de crianças e adolescentes. Essas tecnologias têm, sim, muitos aspectos positivos: promovem aprendizagem, permitem conexões sociais, facilitam trocas de ideias e de informações, e proporcionam acesso a conteúdos de arte, cultura, estudo e entretenimento.


No entanto, apesar desses benefícios evidentes, também é preciso olhar para os impactos negativos que vêm preocupando pais, educadores, profissionais da saúde mental e da infância. O uso excessivo ou inadequado de telas tem sido associado a uma série de consequências importantes para o desenvolvimento e o bem-estar de crianças e adolescentes.




Quais são os possíveis efeitos negativos desse uso excessivo?

  • Redução da interação social presencial;

  • Dificuldades na expressão de sentimentos e emoções;

  • Alterações no sono;

  • Prejuízos no processo de aprendizagem e no desenvolvimento;

  • Sofrimento emocional e/ou mental, como ansiedade, crises de pânico e sintomas depressivos;

  • Comportamentos de autoextermínio, como autolesão, automutilação e risco de suicídio;

  • Exposição a situações de abuso, violência e bullying (incluindo o cyberbullying).




E como pais e educadores podem lidar com isso?

O primeiro passo é investir na escuta atenta, no acolhimento e no diálogo. Criar momentos de convivência em família, compartilhar atividades, ampliar os espaços de conversa e demonstrar uma atitude empática são atitudes fundamentais.


Também é essencial desenvolver o autoconhecimento, praticar a convivência respeitosa, e cultivar relações baseadas no afeto e na presença. A escuta qualificada – que valoriza tanto o que é dito quanto os sinais não-verbais – ajuda a compreender os jovens e a se aproximar da sua realidade emocional.


O professor e pesquisador ( UFRPE)  Hugo M. Ferreira (2022) cunhou o termo "geração do quarto" para se referir a adolescentes entre 11 e 18 anos que passam a maior parte do tempo isolados em seus quartos, com pouca interação com a família, dificuldades de expressar o que sentem e, muitas vezes, apresentando comportamentos autodestrutivos ou agressivos. Para ele, mais do que rotular essa geração como fraca ou desinteressada, é preciso compreendê-la com profundidade, pois ela tem muito a nos ensinar sobre o amor, a escuta e o cuidado.

 



Um passo importante: o guia sobre o uso de telas. 

Em 2025, foi lançado o Guia “Crianças, adolescentes e telas: usos de dispositivos digitais”, uma iniciativa que busca orientar famílias e profissionais sobre como promover um ambiente digital mais saudável e seguro para crianças e adolescentes.



Referências:

BRASIL. Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Crianças, adolescentes e telas: Guia sobre usos de dispositivos digitais (recurso eletrônico). Brasília, DF: SECOM/PR, 2025.


FERREIRA, H. M. A geração do quarto: quando crianças e adolescentes nos ensinam a amar. Rio de Janeiro: Editora Record, 2022.


 
 
 

2 comentários


Katia luze
12 de ago.

Parabéns pelo lindo trabalho Ludmila , amei as postagens, elas trazem temas importantes no contemporâneo das pessoas … completo e conciso cada detalhe … sucesso sempre pra vc minha linda

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Convidado:
12 de ago.
Respondendo a

Katia, que bom que vc gostou!! Obrigada pelo seu retorno!! 💜

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